A taxa de desemprego no Brasil caiu pelo terceiro mês seguido e ficou em 8,1% da população economicamente ativa em junho, abaixo dos 8,8% verificados em maio, informou nesta quinta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esta taxa é a menor desde dezembro, quando havia ficado em 6,8%. Em junho do ano passado, a desocupação estava em 7,8% (veja gráfico ao final do texto).

O levantamento é realizado em seis regiões metropolitanas do país, das quais Salvador tem a maior taxa e Porto Alegre, a menor (veja quadro abaixo). Nessas regiões, verificou-se que há 1,9 milhão de desempregados e 21,1 milhões de pessoas ocupadas.

O contingente de trabalhadores com carteira assinada ficou em 9,5 milhões, número 2,2% maior que em maio do ano passado.

O rendimento médio ficou em R$ 1.312,30 e não variou em relação a maio. Esse valor, por outro lado, é 3% superior ao verificado no quinto mês de 2008.

Entre os setores pesquisados pelo IBGE, o de Educação, Saúde e Administração Pública se destacou e subiu 2,3% em relação a maio e 4,6% comparado a junho de 2008.

No segmento industrial, não houve variação em relação a maio, mas registrou queda de 5% sobre junho do ano passado.

Por regiões, na passagem de maio para junho, o nível de desocupação apresentou leve mudança em Salvador, saindo de 12,1% para 11,2%. Em Belo Horizonte, a taxa de desemprego partiu de 6,7% para 6,9%. No Recife, foi de 10,5% para 10,2%. No Rio de Janeiro, a taxa deixou os 6,6% para 6,3%. Também houve abrandamento em São Paulo (10,2% para 9%) e Porto Alegre (6,1% para 5,6%).

Uma pesquisa divulgada pelo Banco Central no mês passado mostra que mesmo com a crise, o Brasil deve fechar 2009 com nível de desemprego bem menor do que a média global, e até melhor do que média anterior à crise mundial.

Segundo o órgão, a taxa de desemprego deve ficar em 7,6%, acima dos 6,8% de 2008, mas bem inferior à média de 9,3% de 2007, e ainda abaixo dos índices (acima de um dígito) projetados para economias desenvolvidas no ano.

“O pico da taxa desemprego deve ocorrer em julho, em 9,8%”, explicou o diretor de Política Econômica do BC, Mario Mesquita, “mas deve voltar a declinar”, disse.