Usuários do serviço de banda larga Speedy reclamaram de lentidão e falta de conexão à internet durante a tarde desta quarta-feira (29). As reclamações, feitas por intermédio do serviço de microblogs Twitter e por relatos à reportagem, foram rebatidas pela assessoria de imprensa da companhia.
“A região inteira está com problemas na conexão. Mas [pelo atendimento ao cliente] eles não informam isso. Entrei em contato com vários amigos meus e com um técnico, e todos estão sem internet”, relata o locutor de rádio on-line Flávio Ribeiro do Val Marques, 39, que reside na cidade de Votuporanga (521 km de São Paulo). No momento em que conversava com a reportagem, a conexão oscilou novamente e caiu. “Não consegui botar nada no ar, a conexão some.”
Segundo ele, o atendimento automático da Telefônica informou que o problema seria solucionado até 19h. “Toda a vez que a gente vê o país à mercê de gente sem escrúpulo e que não respeita as leis, ficamos indignados”, desabafa.
No Twitter, muitos usuários também reclamavam de lentidão e oscilação na conexão do Speedy no decorrer da tarde de hoje.
“A internet do escritório só voltou agora, 27 horas depois. O Speedy parou de funcionar, como de custume. Telefônica el Paraguay es acá! [sic]”, disse um internauta. Outro questionou: “Vem cá, o Speedy da Telefônica vai ficar caindo a cada 20 minutos, é? Tem gente aqui querendo trabalhar!”
Medidas
No dia 17 de julho, a Telefônica anunciou a reestruturação do serviço de banda larga. A partir disso, o usuário terá estabilidade na conexão, nas palavras do diretor executivo de rede da companhia, Fabio Michelli. Além do planejamento técnico, a empresa também articula mudanças com o intuito de melhorar as vendas e o atendimento ao cliente.
O plano veio como resposta à medida cautelar emitida pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) no dia 22 de junho, que suspendeu as vendas do Speedy. A empresa informou também que contatou a agência formalmente, pleiteando a retomada da comercialização do serviço de banda larga.
Entretanto, ontem, a Anatel informou que não estava convicta de que as medidas foram suficientes, e manteve a proibição da venda do Speedy, até que a Telefônica tome novas providências para melhorar a prestação do serviço.