A seleção brasileira do técnico Dunga venceu a Estônia por 1 a 0 na tarde de ontem, em Tallin, em um bom exercício para encarar as travas das chuteiras adversárias, mas também para aprender a evitar “dar o troco”.
O amistoso parecia que seria de festa. O estádio, com menos de 10 mil pessoas, lembrava até a África do Sul na Copa das Confederações, mas a partida, classificada pelos donos da casa como “Jogo do Século”, teve clima de guerra e lances violentos dos dois lados.
Quando Kaká levou um carrinho de Dmitrijev, Robinho discutiu feio com os rivais e quase que os jogadores se agrediram. Em seguida, Kleberson teve que deixar a partida com uma luxação no ombro direito.
O gol saiu aos 42 minutos do primeiro tempo. Na entrada da área, Robinho tentou tocar na área, mas pegou mal na bola e Alo Bärengrub cortou mal, a bola bateu em Kaká e sobrou para Luis Fabiano, que dominou na área e chutou para marcar 1 a 0.
No segundo tempo, mais confusão entre os atletas e uma entrada violenta de Felipe Melo em Puri, que poderia ter quebrado a perna do rival. Logo depois, Kruglov foi expulso por falta em Daniel Alves.
Dunga aproveitou para fazer testes. Diego Tardelli entrou no lugar de Robinho e fez sua estreia com a camisa amarelinha. O treinador colocou ainda Miranda, Daniel Alves, Julio Baptista e Nilmar. Assim, o lateral-esquerdo Filipe Luis, do La Coruña, não fez sua estreia.
Com o resultado em Tallin, o Brasil chegou a 17 partidas sem perder, superando a marca de Carlos Alberto Parreira entre 2003 e 2004. O próximo compromisso da seleção é com a Argentina, que ontem venceu a Rússia por 3 a 2, no país vizinho à Estônia. O clássico sul-americano será em Rosário, pois Maradona quer aumentar a pressão sobre os brasileiros.
O time de Dunga lidera as eliminatórias com 27 pontos, seguido pelo Chile (rival do dia 9 de setembro, em Salvador, com 26), Paraguai (24) e Argentina, quarta colocada com 22.