A candidatura do Rio de Janeiro para cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016 teve dois pontos bastante questionados no relatório divulgado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta quarta-feira: transporte e estrutura hoteleira. Os problemas são os mesmos que atrapalharam o Rio na concorrência pela Olimpíada de 2012, que será realizada em Londres. Apesar disso, a confiança brasileira segue intacta na disputa com Chicago, Madri e Tóquio.
Em entrevista coletiva das autoridades brasileiras que trabalham na campanha olímpica, realizada também nesta quarta, no Palácio da Cidade, em Botafogo, zona sul do Rio, o principal argumento para amenizar os problemas e manter a confiança foi o de que a Copa do Mundo de 2014 já trará para o Rio alto investimento em transporte e também promoverá a ampliação da rede hoteleira. E tais melhorias ficarão como legado para uma possível Olimpíada.
“Essas questões não são problemas”, disse o governador do Rio, Sérgio Cabral, ao lado do ministro do Esporte, Orlando Silva, e do prefeito do Rio, Eduardo Paes. Os três classificaram como “muito bom” o relatório feito pelo COI e estão confiantes na vitória.
“A população só tem a ganhar com os Jogos no Rio. O legado vai ser o melhor possível”, afirmou o prefeito Eduardo Paes. Mas os cariocas ouviram esta promessa à exaustão nos Jogos Pan-Americanos de 2007 e se queixam até hoje das obras que jamais ficaram prontas, como a extensão do metrô até a Barra da Tijuca, na zona oeste.
Outra questão levantada no relatório do COI é que a proximidade da Copa do Mundo, apenas dois anos antes da Olimpíada, poderia criar problema para o Rio. Na ótica da entidade, a cidade teria dificuldades para atrair patrocinadores para dois grandes eventos num curto espaço de tempo. “Isso também não é problema. O Rio é o quinto melhor mercado publicitário do mundo”, garantiu o governador Sérgio Cabral.