As vendas de veículos na China deverão crescer 35% em relação a 2008 e fechar o ano com 12,6 milhões de unidades comercializadas. A previsão é do economista Xu Changming, membro do Centro de Informações do governo chinês.
O crescimento foi impulsionado por subsídios do governo para a indústria automobilística da China. O benefício termina no final do ano, mas as montadoras chinesas já começaram o lobby para prorrogar o incentivo para 2010.
Em agosto, China ultrapassou os Estados Unidos como país que mais vendeu automóveis este ano, beneficiada pelos cortes nos impostos sobre as vendas e subsídios para a produção de veículos mais eficientes – além da crise que abateu o mercado norte-americano no primeiro semestre.
O governo de Pequim reduziu os impostos de vendas este ano em automóveis com motores menores do que 1,6 litros como parte dos esforços para revitalizar a indústria.
A expectativa é que o mercado chinês termine o mês com 1,25 milhão de unidades comercializadas em setembro.
De acordo com o economista, os fabricantes de automóveis querem que o governo aumente os cortes de impostos e subsídios que expiram no final deste ano. Ele disse que o governo deve anunciar uma decisão em meados de dezembro.
“Se a política de incentivos for prorrogada até o próximo ano, o rápido crescimento de vendas de automóveis no país será mantido”, disse Xu. “Caso contrário, ele irá flutuar, e é difícil prever o que poderá acontecer.”
A projeção de vendas de carros de passeios na China é de 7,9 milhões de unidades até o final do ano, com um crescimento de 38,7% em relação a 2008, segundo Xu. O economista acredita que se o subsídio for interrompido, a indústria chinesa pode crescer pelo menos 15% ao ano nos próximos dez anos.