O atentado que matou no mínimo 136 pessoas e feriu outras 600 neste domingo (25) tem o maior número de vítimas registrado em um período de dois anos. Ele é superado, entretanto, por outro ataque ocorrido julho de 2007, quando a explosão de um caminhão-bomba matou 150 pessoas.
À época, o jornal “The New York Times” classificou o atentado como “um dos mais sangrentos atentados, se não o mais, desde a invasão de 2003”. Havia cerca de 4,5 toneladas de explosivos no caminhão, segundo a reportagem do jornal.
No atentado de hoje, segundo a agência Associated Press, fica evidente a precariedade quanto à segurança e a habilidade de insurgentes para infiltração em áreas centrais que, teoricamente, seriam as mais seguras de Bagdá.
As fortes explosões ocorreram com menos de um minuto de diferença neste domingo (25), em um estacionamento próximo à sede da administração provincial de Bagdá. O outro carro explodiu próximo ao edifício do Ministério da Justiça.
Muitos dos feridos foram levados aos hospitais da área por civis. As fontes do hospital falaram sob condição de anonimato porque não estão autorizadas a falar com a imprensa.
Os atentados foram registrados perto da Zona Verde, que conta com estritas medidas de segurança –trata-se do local onde ficam as embaixadas dos Estados Unidos e do Reino Unido, além de edifícios governamentais iraquianos. A Embaixada dos EUA informou que nenhum diplomata ou funcionário foi atingido com as explosões. Também não há registro de mortos ou feridos ingleses.
Várias ambulâncias foram aos locais das explosões para levar as vítimas aos hospitais.
Carros que estavam estacionados perto do local das explosões pegaram fogo. Prédios também sofreram vários danos.
Os ataques aconteceram no mesmo dia em que o comitê político da segurança nacional deve se reunir para discutir a reforma da lei eleitoral, assunto de discussão nos últimos dias entre os diferentes blocos políticos.
No dia 16 de outubro, 14 pessoas morreram e 92 ficaram feridas em um atentado suicida contra uma mesquita sunita na localidade de Tal Afar, 450 km ao noroeste de Bagdá.
No dia 11, no pior atentado registrado no Iraque neste mês e até então, pelo menos 21 pessoas morreram e cerca de 80 ficaram feridas por causa de três bombas que explodiram em série na cidade central de Ramadi.