Com a tarifa mínima de R$ 5,80, cobrada pelo consumo de água há 12 anos, panoramenses estão deixando de cumprir acordos financeiros com o DAE (Departamento de Água e Esgoto), que a cada mês registra queda na arrecadação. Somados, os valores chegam a R$ 1 milhão.
O chefe do Departamento de Água e Esgoto, Wilson Cocato Maia, disse os inadimplentes estão sendo notificados em suas residências para comparecerem ao departamento e regularizarem os débitos. Caso a pessoa não compareça, ela estará sujeita a ficar sem abastecimento de água, justificou Maia.
Apesar da baixa arrecadação, os inadimplentes têm encontrado facilidades para negociarem. A medida em longo prazo adotada pelo DAE oferece ao devedor a facilidade de parcelar a dívida em até 36 vezes. Em 2005, houve tentativa de parcelamento, porém, poucas pessoas cumpriram o acordo na época.
Com 18 poços semi-artesianos para uma população de 14 mil habitantes, Panorama mantém um abastecimento de cidades maiores, como demonstra o art. 18 da portaria n.º 518 de 25 de março de 2004 (Qualidade da Água), que estabelece cinco poços para 50 mil habitantes. Dracena tem 15 poços para 45 mil habitantes.
Visto como parte dos problemas, o departamento encomendou 100 novos hidrômetros para instalação em massa nas casas e estabelecimentos comerciais, onde apresentam “problemas” na leitura dos relógios. O departamento tem encontrado até mesmo dificuldades para repor novos encanamentos.
OUTROS MUNICÍPIOS – Enquanto que em Panorama são cobrados R$ 5,80, segundo dados do Departamento de Água e Esgoto local, em Paulicéia o custo sai por R$ 8,03; em Santa Mercedes, R$ 21; em Nova Guataporanga, R$ 21; em Tupi Paulista, R$ 7,04; em Monte Castelo, R$ 13,25; e em Dracena R$ 18,75.