O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou nesta quinta-feira (15) que a meta brasileira para as emissões de CO2 até 2020 serão mantidas mesmo que a economia do Brasil cresça mais que os 4% ao ano previstos inicialmente pela proposta.
A meta de congelar as emissões de CO2 aos níveis de 2005 é uma das propostas do ministério que devem ser apresentadas na Dinamarca, em dezembro, na reunião da Conferência da Organização das Nações Unidas para Mudanças Climáticas.
Segundo Minc, a meta foi feita com base no crescimento médio do país de 4% ao ano até 2020 – para ele um dado ousado – o que foi questionado pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que não teria concordado em limitar o crescimento do país.
“A ministra questionou porque o Brasil pode crescer mais até lá. Se crescer mais, o esforço pra diminuir as emissões tem que ser maior, a não ser que você mude muito o padrão da sociedade. Ela quer saber qual vai ser o esforço complementar para alcançar a meta em 2020”, explicou o ministro.
Minc afirmou que um estudo foi encomendado ao Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o ministério já possui os novos dados. “Estamos fechando isso e nos próximos dias vamos anunciar esse número. O fato de ter mais de um cenário, não significa que vai diminuir nossos esforços pra redução de emissão. Os 40% de redução estão mantidos”, garantiu Minc.
De acordo com o ministro, em 1994 o Brasil emitiu 1,5 bilhões de toneladas de CO2 e, em 2005, 2,2 bilhões. “Se nada for feito, em 2020 vamos chegar a 2,8 bilhões”, afirmou. “A gente quer quebrar as emissões e chegar em 2020 com os mesmos padrões de 2005, ou seja, quebrar 40%. Metade disso a gente quebra com nossos recursos e a outra metade depende dos planos internacionais”.
O ministro esteve no Rio de Janeiro para lançar o Dia do Consumidor Consciente. A data foi marcada pelo desafio do Dia sem sacola plástica.