Venkatraman Ramakrishnan, Thomas A. Steitz and Ada E. Yonath ganharam o Nobel de Química de 2009 por pesquisas sobre a estrutura e função do ribossomo. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (7) pouco depois das 6h45 (hora de Brasília).
Ramakrishnan nasceu na Índia em 1952. Cidadão americano, ele trabalha no Laboratório de Biologia Molecular em Cambridge, Reino Unido. Concluiu doutorado em física na Universidade de Ohio, em 1976. Steitz é americano, nascido em 1940. Trabalha no Instituto Médico Howard Hughes, da Universidade Yale. Concluiu em 1966 doutorado em biologia molecular e bioquímica em Harvard. Ada é israelense, nascida em 1939, e atua no Instituto de Ciência Weizmann, mesma instituição onde concluiu doutorado em cristalografia por raio X, em 1968.
O prêmio de 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 2,5 milhões) será dividido igualmente pelos três cientistas.
No comunicado sobre o Nobel de química deste ano, o comitê do prêmio afirma seu reconhecimento das pesquisas sobre um dos “processos centrais da vida”: a tradução, realizada pelo ribossomo, da informação contida no DNA, conferindo-lhe vida. Os ribossomos produzem proteínas, que por sua vez controlam a química de todos os organismos vivos. Como os ribossomos são cruciais para a vida, também se tornaram um alvo preferencial para o desenvolvimento de novos antibióticos.
O trio premiado nesta quarta-feira mostrou a aparência e o funcionamento do ribossomo em nível atômico. Eles empregaram um método batizado de cristalografia de raio X para mapear a posição de cada um dos milhares de átomos. Eles geraram modelos de 3-D que mostram como diferentes antibióticos se ligam ao ribossomo, desativando bactérias, por exemplo.