O número de empregados com carteira assinada em seis regiões metropolitanas do país apresentou, em outubro deste ano, a primeira queda (-0,3%), desde fevereiro de 2004 (-2%). Os dados foram divulgados hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o coordenador da Pesquisa Mensal de Emprego, Cimar Azeredo, a queda do número de empregados com carteira assinada revela “perda de qualidade do emprego”, que pode significar mais informalidade e até mesmo salários menores. “Isso é um ponto não muito favorável. Com isso, temos uma redução da qualidade emprego, com espaço para o trabalhador por conta própria e para o trabalhador sem carteira, que estão próximos da informalidade”, avaliou
Em relação a setembro, a pesquisa mostrou que a taxa de empregos formais teve pequeno avanço de 0,1% em outubro, ficando praticamente estável.
No acumulado de janeiro a outubro, o percentual de trabalhadores com carteira no total de ocupados atingiu recorde de 44,9%. No mesmo período de 2008, 44,4% dos empregados estavam registrados.
Segundo dados de outubro apurados pelo IBGE, os trabalhadores os com carteira no setor privado (formal) somam 9,5 milhões de pessoas e os empregados sem carteira (informais) são cerca de 2,6 milhões.
A pesquisa mostra também que, enquanto o emprego com carteira registra queda, a ocupação por conta própria cresce no acumulado do ano. Avança 3,5% em relação a outubro de 2008 e 2,3%, na comparação com setembro deste ano.