A Secretaria Municipal de Educação do Rio afirmou no final da tarde desta quarta-feira que está estudando uma forma de implantar um plano de emergência para treinar professores e funcionários das 1.064 escolas da cidade contra situações de alta tensão, como tiroteios entre criminosos e policiais. O órgão, porém, não informou um prazo para a execução do projeto.
De acordo com a secretaria, o objetivo do plano é levar mais segurança às escolas do município. Além de tiroteios, acidentes graves, incêndios e até mesmo balas perdidas estão incluídos na lista de situações de emergência do projeto.
“A ideia é preparar esses funcionários para terem uma atuação apaziguadora, deixando as crianças mais calmas e seguras em possíveis situações de pânico”, afirmou a secretaria, em nota.
Ainda segundo a secretaria, atualmente há pelo menos 200 escolas municipais localizadas em áreas de risco, em regiões de comunidades. As localizações dessas unidades não foram divulgadas.
Violência frequente
Na terça-feira (3), cerca de 13 mil alunos de escolas e creches públicas foram prejudicados nesta terça-feira por causa de uma série de confrontos entre criminosos de facções rivais e policiais militares na Vila Kennedy, zona oeste do Rio.
No último dia 20, dois homens armados invadiram o pátio da escola Professora Maria de Cerqueira e Silva, em Manguinhos, zona norte do Rio, durante uma tentativa de fuga, por volta das 11h30. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, os homens passaram pelo local, mas não permaneceram na escola nem invadiram nenhuma das dependências internas da unidade.
No último dia 17, confrontos entre traficantes de favelas na zona norte do Rio resultaram na queda de um helicóptero da Polícia Militar e deram início a uma onda de violência que deixou pelo menos 42 pessoas mortas.
No centro do confronto estava a disputa pelos pontos de venda de drogas entre traficantes do morro São João –controlado pelo Comando Vermelho– e aliados invadiram o morro dos Macacos, controlado pela ADA (Amigos dos Amigos).