O álcool foi o principal vilão da inflação na capital paulista em outubro, conforme levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) por meio do Índice de Preços ao Consumidor (IPC). No mês passado, o preço médio do combustível produzido a partir da cana-de-açúcar avançou 15,29% ante elevação de 5,22% observada em setembro e liderou o ranking de contribuições de altas da inflação paulistana, respondendo sozinho por 0,08 ponto porcentual (30,70%) de toda a taxa do município, que foi de 0,25% em outubro, segundo divulgação feita hoje pelo instituto.
A gasolina, por sua vez, apresentou variação de 1,45% em outubro e respondeu por 0,04 ponto porcentual (15,05%) da taxa geral do IPC do mês. Em setembro, o combustível derivado do petróleo contou com uma variação bem mais comportada, de apenas 0,51%. A alta de ambos os combustíveis foi determinante para puxar o grupo Transportes para uma taxa de 0,83% em outubro. A variação foi bem mais expressiva que a apresentada em setembro, de 0,25%, e trouxe um impacto de 0,13 ponto porcentual (52,42%) para o IPC do mês passado.
A pressão de Transportes foi superada apenas pelo impacto trazido pelo grupo Habitação à inflação paulistana. Em outubro, este grupo subiu 0,53% ante alta de 0,47% em setembro e respondeu por 0,17 ponto porcentual (68,43%) da taxa geral. O movimento foi amparado nas altas de 3,48% do preço do gás de botijão e de 3,23% do item água/esgoto, que vem refletindo o reajuste de tarifa de 4,43% promovido ainda em setembro pela Sabesp no município.
Na outra ponta da inflação medida pela Fipe, foi importante o alívio gerado pelo grupo Alimentação, que mostrou deflação de 0,45%, ainda amparada principalmente por um recuo de 10,36% no preço do leite tipo longa vida. Apesar de o grupo apresentar uma queda média inferior à de 0,63% de setembro, respondeu por um alívio de 0,10 ponto porcentual (-40,89%) para o IPC de outubro.