A Usina de Itaipu voltou a operar em condições de normalidade às 6 horas da manhã desta quarta-feira, 11, conforme acaba de informar a hidrelétrica no seu perfil no Twitter. Ainda de acordo com postagens no site, neste momento 18 unidades geradoras produzem energia para o Brasil e o Paraguai.
O Brasil recebe agora 9.800 MW de energia produzida por Itaipu. Somando os 650 MW de energia transmitidos para o Paraguai, a usina produz ao todo 10.450 MW.
Ainda durante a madrugada, às 3h30, a direção de comunicação da usina afirmou que a hidrelétrica operava com apenas 700 megawatts para o Paraguai e 1.200 para o Brasil, ou seja, 10% do padrão para o horário. O problema era provocado porque a energia gerada estava “girando no vazio”, em decorrência de problemas ainda na linha de transmissão.
A queda de uma linha que transmite energia da Hidrelétrica de Itaipu tirou todos os 14 mil megawatts gerados pela usina do sistema elétrico e provocou um blecaute em pelo menos 12 Estados brasileiros, no Distrito Federal e no Paraguai na noite de ontem. Nas ruas, principalmente da Região Sudeste, houve confusão e acidentes. Nos gabinetes, de governo, em Brasília, ainda se buscavam as causas do problema no fim da noite.
No entanto, de acordo com a Itaipu, ainda não se sabe que tipo de problema específico ocorreu na linha de transmissão de Furnas. Relatórios de Furnas e Itaipu serão entregues ao Ministério de Minas e Energia para que se possa estabelecer exatamente a causa do corte de energia.
Segundo Lobão, os técnicos também acreditam que algum problema atmosférico, como raios ou tempestades, tenha motivado a queda. Pouco mais de uma hora após o início do apagão, registrado por volta de 22h15, o ministro disse que estava convencido de que a situação seria normalizada de madrugada. “Esta noite deveremos ter resolvido isso”, disse. A energia voltou em alguns locais por volta de 23h30.
O apagão atingiu quase a totalidade do Estado do Rio, São Paulo, Minas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, e parte do Paraguai. Os outros Estados afetados foram Espírito Santo, Santa Catarina, Mato Grosso, Pernambuco, Acre e Rondônia. Eles teriam sido afetados por uma espécie de “efeito cascata”, com o desligamento das transmissões pelo sistema de proteção de rede do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Até zero hora de hoje, o sistema permanecia intermitente e havia falhas pontuais em vários Estados.
A falta de luz afetou sistemas essenciais. Em São Paulo, a Polícia Militar só contava com um gerador para atender as emergências do 190. O maior centro médico do País, o Hospital das Clínicas da USP, operava com geradores a óleo.
“Houve desligamento completo de Itaipu”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Os últimos apagões no País ocorreram em 2005 e 2007, atingindo o Espírito Santo e o Rio. No primeiro, a interrupção de transmissão em Furnas foi atribuída a uma tempestade de raios.