A Justiça de Dracena concedeu na última quarta-feira, liberdade provisória ao jovem Rafael Francisco Pereira, de 19 anos, que estava preso no CDP de Caiuá desde o dia 22 de agosto deste ano, sob a acusação de esfaquear e provocar a morte do próprio pai, o comerciante Valter Fernandes Pereira, de 49 anos, dono da loja Rafala Pet Shop, localizada na avenida José Bonifácio. A informação foi passada ontem à tarde, por José Reinaldo Gussi, advogado de defesa do réu. Ele disse que após deixar o CDP de Caiuá na quarta-feira, o rapaz foi levado pela família direto a uma clínica de recuperação de pessoas portadoras de algum problema mental ou de dependência química.
Gussi afirmou que protocolou o pedido de liberdade provisória em favor do réu junto com o atestado de vaga de internação já garantida na clínica ao juiz Bruno Machado Miano que após analisar o pedido deferiu favoravelmente.
De acordo com o advogado, a decisão do magistrado mostra a sua grandeza. “Foi uma decisão satisfatória, maravilhosa, correta e séria permitindo que Rafael pudesse ser submetido ao tratamento”, diz o advogado.
José Reinaldo Gussi disse ainda que tem a plena convicção que o réu praticou o ato fora de si e por problema mental. “Quem matou o pai não foi ele e sim o problema com a droga. A lei diz que a pessoa que pratica o ato fora de si e sem saber o que está fazendo necessita de tratamento em clínica especializada e não de prisão”, explica o advogado.
Rafael deve ficar internado em recuperação na clínica pelo prazo inicial de seis meses e após esse período pode ser liberado ou permanecer internado em recuperação.
FATOS – No dia 24 de agosto, Rafael foi preso pela Polícia Militar e autuado em flagrante no 1º DP sob a acusação de esfaquear no peito o pai Valter Fernandes Pereira que faleceu. Os fatos ocorreram durante a madrugada em uma residência da família no distrito industrial.
Segundo um dos policiais que trabalharam no caso, Rafael não fugiu e nem resistiu a prisão e tinha a voz e o semblante alterado e totalmente fora de si. Ao ser ouvido, ele atribuiu o ato como loucura, pois ouviu uma voz que pediu que matasse o pai.