A falta de consenso em torno de uma nova política mundial de combate ao aquecimento global tem diminuído as expectativas de observadores internacionais para a próxima Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas (COP15), em dezembro, em Copenhague. Com o cenário incerto, surgem dúvidas sobre o futuro do mercado de carbono – pelo qual nações e empresas que poluem muito compram créditos de nações menos poluidoras, obtidos a partir da redução de emissões de gases de efeito estufa.

Os mercados de carbono terão de buscar novos aliados para se manter, caso os resultados da reunião não sejam satisfatórios. Em 2012 chegará ao fim a primeira fase do Protocolo de Kyoto, iniciada em 2005, na qual os países desenvolvidos teriam de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 5%, na comparação com os níveis de 1990. Até o momento, foi o contrário: aumentaram em 11% suas emissões, segundo dados da Agência de Mudanças Climáticas das Nações Unidas. A data também marca o limite regulatório do mercado de carbono.