O ônibus espacial Atlantis foi lançado com sucesso nesta segunda-feira (16), às 17h28 (horário de Brasília), do Centro Espacial Kennedy, na Flórida. A tripulação com seis astronautas segue para uma das missões finais para equipar a Estação Espacial Internacional, de modo que ela possa continuar em órbita muito tempo depois de os ônibus espaciais serem aposentados.
A Nasa pretende encerrar no próximo ano o programa de ônibus espaciais, lançado há 30 anos, em função de preocupações de longa data com a segurança e os custos ligados à manutenção e os voos do Atlantis e dos outros dois ônibus espaciais, Discovery e Endeavour.
O programa de ônibus espaciais custa à Nasa cerca de 5 bilhões de dólares por ano e já provocou a morte de 14 astronautas. A primeira tripulação de sete astronautas morreu em acidente ocorrido durante o lançamento de um ônibus em 1986, e a segunda morreu durante tentativa de aterrissagem em 2003, devido a uma falha no escudo anticalor do aparelho.
A agência espacial norte-americana vem trabalhando para substituir os ônibus espaciais por uma espaçonave capsular, parcialmente reutilizável, chamada Orion, para levar tripulantes para a Lua e outros destinos no sistema solar, além de para a estação espacial, que orbita a Terra a 360 quilômetros de altitude.
Projeto de 100 bilhões de dólares que reúne 16 países e está em construção há mais de uma década, a estação está prevista para ficar pronta em 2010. Após a missão do Atlantis, faltarão outras cinco missões para concluir a construção e o equipamento da estação.
O Atlantis está carregado com cerca de 13.610 quilos de equipamentos. É um volume grande demais para ser transportado pelas naves de carga russas, europeias e japonesas que vão manter a estação abastecida de alimentos, combustível e outros suprimentos depois de os ônibus espaciais serem aposentados.