A Renault pode ser a próxima montadora a abandonar seu projeto na Fórmula 1. Nesta quinta-feira, o presidente da empresa revelou que até o fim do ano será feito um anúncio sobre os planos da fabricante na categoria.
“Vocês terão de ser pacientes. Faremos um anúncio sobre nossa participação na Fórmula 1 antes do fim deste ano. Vamos anunciar qual será nossa estratégia em termos do nosso papel na categoria”, disse o brasileiro Carlos Ghosn.
A Renault voltou ao Mundial com sua escuderia própria em 2002, e tornou-se equipe de ponta rapidamente. Com o espanhol Fernando Alonso, o time foi campeão em 2005 e 2006, e ainda conquistou o título de construtores nas duas temporadas.
Desde 2007, contudo, a equipe não tem apresentado bons resultados. No ano passado, Alonso ainda venceu os GPs de Cingapura e do Japão, o que poderia significar o renascimento da escuderia. Mas a crise financeira e os maus resultados da equipe neste ano criaram certa dúvida sobre a permanência da Renault.
As incertezas aumentaram depois que Nelsinho Piquet – demitido pela escuderia em julho – denunciou que a vitória de Alonso no GP de Cingapura de 2008 fora fruto de manipulação. O brasileiro admitiu que bateu de propósito para beneficiar a estratégia do companheiro de equipe.
Como consequência das denúncias, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) julgou o caso e baniu o italiano Flávio Briatore – chefe da equipe – de todas as competições organizadas pela entidade. A Renault teve sua imagem profundamente abalada, perdeu seus principais patrocinadores e ainda ficou sem Alonso, que irá para a Ferrari.
Caso deixe a Fórmula 1, a montadora francesa será a quarta a encerrar seu projeto na categoria no período de apenas um ano. Em dezembro de 2008, a Honda colocou um ponto final em sua equipe. Na atual temporada, BMW e Toyota – esta última na quarta-feira – fecharam suas equipes.