A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta quinta-feira, 3, que os casos de vírus da gripe A resistentes ao antiviral oseltamivir aumentaram de 57 para 96 nas últimas duas semanas, mas apontou que “não há provas de que isto constitua um perigo para a saúde pública”.
Cerca de um terço destes casos foram registrados em pacientes com seus sistemas imunológicos muito debilitados por doenças sanguíneas, por tratamento como quimioterapia ou pós-transplantes, acrescentou a OMS, em um documento divulgado em seu site.
A nota afirma que a OMS foi informada sobre dois recentes focos de pacientes infectados com o vírus A(H1N1) resistente ao oseltamivir – substância comercializada com o nome de Tamiflu – no País de Gales (Reino Unido) e no estado americano da Carolina do Norte.
Em ambos os casos, os focos foram registrados em uma zona determinada de um hospital e em pacientes com severas imunodeficiências, e há suspeitas de que houve transmissão do vírus resistente entre pacientes, acrescentou.
O foco em Gales, detectado no fim outubro e que afetou oito pacientes, não causou mortes, mas o nos Estados Unidos, detectado entre outubro e novembro, matou três dos quatro pacientes afetados.
A OMS recomenda seguir vigiando o desenvolvimento destes vírus resistentes ao oseltamivir para ver se ocorrem mudanças em sua transmissão e malignidade.