O guitarrista do Red Hot Chili Peppers John Frusciante confirmou que deixou a banda de funk-rock pela segunda vez, alegando que “meus interesses musicais me levaram a uma direção diferente”.
Frusciante, de 39 anos, deixou o grupo pela primeira vez em 1992, terminou com um viciado em heroína sem-teto que perdeu todos os dentes, então voltou ao grupo cinco anos depois.
Ele revelou sua saída em seu site na quarta-feira, dizendo que ele na verdade havia deixado a banda há um ano.
“Não houve drama nem raiva envolvidas, e os outros caras foram muito compreensivos. Eles apoiam que eu faça o que for necessário para me fazer feliz”, disse Frusciante, que já lançou 10 álbuns solos pouco comerciais.
O vocalista Anthony Kiedis, o baixista Michael “Flea” Balzary e o baterista Chad Smith estão no estúdio gravando um novo álbum desde “Stadium Arcadium”, de 2006, que ganhou um Grammy. Não se sabe quem será o substituto de Frusciante.
Frusciante entrou para o Red Hot Chili Peppers depois da morte do guitarrista original, Hillel Slovak, por overdose de drogas em 1988. Ele participou dos álbuns “Mother’s Milk” (1989) e “Blood Sugar Sex Magik” (1991).
Este último alçou a banda à condição de estrela global graças aos sucessos “Under the Bridge” e “Give It Away”. Mas a fama foi demais para Frusciante, e ele saiu na metade da turnê de 1992 para alimentar seu vício de heroína.
Notícias na época falavam sobre seu estado esquelético, seu corpo coberto de cicatrizes, abcessos e queimaduras de cigarro e sobre o seu cheiro de excremento. Ele terminou entrando para uma clínica de reabilitação. E voltou à banda a tempo de gravar “Californication” em 1999.
Frusciante disse em seu comunicado que se orgulhava do seu trabalho no Red Hot, mas que continuar fazendo aquele tipo de música ia contra sua natureza.