O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou hoje (21) que a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15) foi “uma decepção completa”, mas destacou que a participação do Brasil no encontro foi bastante elogiada.
Ele garantiu que o país vai continuar empenhado em cobrar posturas mais fortes das nações ricas, além de lançar medidas de curto prazo para minimizar os efeitos do aquecimento global.
“Não é porque o egoísmo e a insensatez prevaleceram lá que não vamos avançar no nosso dever de casa. Vamos continuar trabalhando”, disse ao participar na manhã de hoje (21), no Rio de Janeiro, da cerimônia de encerramento do segundo semestre do Programa Nas Ondas do Ambiente, desenvolvido pelo governo fluminense, que une comunicação e educação ambiental.
De acordo com Minc, entre as medidas que o governo brasileiro vai adotar está o lançamento do Fundo Cerrado. Sem dar mais detalhes, o ministro disse que ele deverá seguir os moldes do Fundo Amazônia, criado no ano passado, para reduzir o desmatamento na região. O fundo já existente prevê a contribuição de doadores internacionais e é gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Minc também garantiu que o Brasil vai continuar buscando articulações com outros países, entre eles nações vizinhas da América Latina, para incrementar os esforços de preservação da Amazônia, e da África, onde será intensificada a implementação de programas de combate à desertificação.
A COP-15, que reuniu 192 países, terminou na última sexta-feira (18) em Copenhague, Dinamarca, sem um novo acordo climático, que ficou para 2010. Apenas um acordo parcial foi fechado entre os Estados Unidos, a China, a Índia, o Brasil e a África do Sul com apoio de outros países, mas ainda depende de aprovação formal. A próxima reunião sobre mudanças climáticas será no ano quem, no México.