As Marinhas do Brasil e da Itália farão uma operação conjunta para o envio de quase mil militares ao Haiti, além de médicos e engenheiros para ajudar a reconstruir o país devastado por um terremoto de magnitude 7,0 que abalou o país no dia 12 deste mês e pode ter matado até 200 mil pessoas.
O porta-aviões italiano Cavour vai levar no próximo dia 28 um total de 900 militares italianos e 75 brasileiros ao Haiti. Eles devem chegar ao país da América Central até 2 de fevereiro.
Brasileiros e italianos vão prestar ajuda humanitária e, principalmente, auxílio médico aos haitianos feridos no tremor que deixou em ruínas a capital Porto Príncipe.
O Brasil vai enviar médicos e enfermeiros cedidos pelo Ministério da Saúde ao passo que os italianos cederão, além de profissionais da área médica, engenheiros para trabalhar nas obras de reconstrução do Haiti.
“O país foi destruído e praticamente não há mais estrutura médica. As necessidades são muito grandes”, disse o subchefe de operações da Marinha brasileira, contra-almirante José de Melo Pinto.
O porta-aviões italiano é dotado de uma unidade hospitalar com 35 leitos, salas de emergência, blocos cirúrgicos e equipamentos de imagem.
O navio vai atracar em alto mar e as vítimas do terremoto serão levadas de helicóptero a bordo. “Vamos disponibilizar um hospital às vítimas no Haiti, muito bem equipado e profissionais capacitados e experimentados nesse tipo de atendimento. Podemos atender casos de trauma e realizar cirurgias que são inviáveis nos hospitais de campanha”, frisou o contra-almirante.
“Há anos exercemos operações conjuntas dentro da Otan, além do intercâmbio permanente”, adicionou.
A Marinha brasileira pretende também enviar ao Haiti, no início de fevereiro, o Navio de Desembarque de Carros de Combate Almirante Sabóia com 700 toneladas de materiais destinados à Missão de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU).
O Congresso brasileiro aprovou na segunda-feira o envio de mais 1.300 militares brasileiros ao Haiti. Inicialmente, 900 militares irão ao país caribenho e o restante do contingente aprovado será deslocado ao país caso haja necessidade.