Dificuldade moderada, ou até mesmo leve, de engolir substâncias líquidas ou sólidas não devem ser negligenciadas. De acordo com alerta do Hospital das Clínicas da FMUSP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, assim que diagnosticado o problema é fundamental investigar a sua causa, pois em alguns casos pode ser o alerta de algo mais sério.
A disfagia – dificuldade de engolir – é um sintoma comum em doenças graves como “megaesôfago” e “câncer de esôfago”. Assim que o sintoma é reconhecido é recomendável rapidamente procurar um médico e, quando necessário, fazer uma endoscopia.
Os tumores epidermóide (próprio do revestimento do esôfago) e adenocarcinoma (que atinge a junção do esôfago com o estômago) quando diagnosticados tem alto percentual de cura.
No megaesôfago, a musculatura no final do esôfago – que funciona como um esfíncter que abre e fecha – pára de abrir normalmente impedindo a passagem de alimentos, o que leva a uma dilatação do esôfago. Uma das conseqüências é a dificuldade de engolir alimentos, podendo gerar alteração do estado nutricional do paciente.
Além da atenção que a população em geral deve ter à disfagia, é fundamental que fumantes, alcoólatras e aqueles que já sofreram alguma agressão no esôfago (como, por exemplo, quem ingeriu soda cáustica no passado) façam regularmente o exame de endoscopia.