A Secretaria da Saúde de Dracena, novamente, reforça o alerta para que a população fique atenta aos locais que possam acumular água e, consequentemente, tornarem-se criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. No ano passado, foram registrados ao todo três casos autóctones da doença, contraídos no próprio município, e cinco importados.
Somente no mês de dezembro, houve dois casos autóctones (um na região central da cidade e outro no Jardim Jussara) e mais um caso importado no bairro Metrópole. Cristiane da Silva, da Vigilância Epidemiológica, informou que aguardam o resultado de exames mais oito pessoas com suspeita da doença. Um fator preocupante é que estes casos positivos e os suspeitos estão espalhados por toda a cidade.
Os agentes de controle de vetores estão trabalhando na nebulização e no bloqueio, tanto nas residências como nos locais de trabalho das pessoas com casos de dengue identificados.
Isto significa que os agentes terão uma média de 25 quadras para percorrer em cada local, sendo que cada quarteirão possui em média 20 imóveis. Cristiane destaca que são muitos locais a serem visitados pelos agentes, por isso, a necessidade de cada morador ou proprietário de estabelecimento realizar a vistoria no imóvel sob sua responsabilidade.
Cristiane ainda ressalta que durante as visitas dos agentes são encontradas grandes quantidades de larvas do mosquito Aedes aegypti, tanto nas residências quanto em estabelecimentos comerciais. Ela disse que na última quinta-feira, no bloqueio feito pelos agentes, foram recolhidas 50 amostras de larvas.
“Alertamos que a população retire toda água parada que houver nos quintais, observar se existe calha com água parada, os vasos dos pratinhos de planta, retirando toda água e se possível eliminar os pratinhos de uma vez. Não existe outra maneira de impedir a transmissão da dengue, é necessário impedir o nascimento da larva na água parada”.
Cristiane disse ainda que Dracena corre o risco de ter epidemia, pois os casos autóctones mostram que já há mosquitos contaminados e transmitindo a doença no município. As chuvas que não cessam e o calor são outros fatores que contribuem para o surgimento de novos casos de dengue.
MULTAS – Para fazer com que os moradores assumam suas responsabilidades no combate à doença, a Vigilância Epidemiológica estará adotando a partir de hoje a aplicação de multas. Cristiane explicou que as residências e estabelecimentos comerciais onde forem encontradas larvas do mosquito serão notificados para que tomem providências.
Ocorrendo reincidência será aplicada multa, estabelecida em cinco UFMs para residências e 20 UFMs para comércio. Uma UFM (Unidade Fiscal do Município) vale R$ 16,62. A lei municipal 2.750 que instituiu a multa data de 7 de maio de 1998. Em 16 de abril de 2002, a lei 3.055 fez a mudança para UFM.
“Não podemos aguardar uma epidemia para tomar uma atitude. Todos os munícipes são orientados há mais de 20 anos sobre como evitar a dengue. Percebe-se durante as visitas que não é por falta de orientação que a população deixa procriar as larvas do mosquito, pois relatam que sabem que o mosquito procria em água parada. Se todos cuidarem de seus quintais e não deixarem recipientes de maneira a parar água não haverá dengue” – ressalta Cristiane.
Ela ainda orienta as pessoas que estiverem com algum dos sintomas da doença como febre, dor de cabeça, dor no fundo dos olhos, dores musculares ou nas juntas procurarem o serviço de saúde mais próximo.