Após completar seis meses de trabalho como zelador de uma ilha paradisíaca na Grande Barreira de Coral, na Austrália, o britânico Ben Southall deixa o “melhor emprego do mundo” para voltar para casa. Ele foi o escolhido entre 34 mil candidatos de todo o mundo em um processo de seleção promovido pelo governo do Estado de Queensland, que terminou em maio.

Em entrevista à rede de notícias CNN, Southall contou que mais do que “alimentar os peixes, limpar a piscina, entregar a correspondência e observar as baleias”, as principais tarefas do zelador da ilha Hamilton eram explorar as 300 ilhas vizinhas e documentar as descobertas.

“Todo dia eu visitava uma nova ilha e explorava o que ela tinha a oferecer. Depois, eu trabalhava geralmente até bem tarde da noite organizando vídeos e fotos e escrevendo em blogs. Essa é a parte principal do trabalho”, disse ele. Graças às visitas, ele conheceu alguns locais em Queensland onde gostaria de passar as férias no futuro.

Em seis meses cumprindo esta rotina, o maior problema que Southall enfrentou foi logo depois do Natal. O britânico andava de jet ski quando caiu na água e foi picado por uma Irukandji, uma pequena água-viva que tem um veneno potente. Com apenas um centímetro de largura, o animal é capaz de matar a pessoa com o veneno de seus tentáculos. No entanto, Ben Southall recebeu cuidados médicos e superou a febre alta causada pela picada.

O britânico, que estava acostumado a dormir em tendas no interior da África quando trabalhava levantando fundos para projetos de caridade no continente, disse à CNN que a parte mais difícil de deixar a Grande Barreira de Coral foi fechar as portas da casa de US$ 4 milhões onde ele viveu nos últimos seis meses.