O sonho de todo músico profissional é ter sua música tocada nas rádios, cantada pelo povo, escolhida como trilha sonora para momentos marcantes. Em 2006, com os versos de “Desenho de Deus”, Armando Antonio Silveira da Silveira, o Armandinho, não só chegou aos ouvidos de todo Brasil como virou sinônimo de ”musiquinha fácil para casais enamorados”.
Quatro anos depois da brisa “quando Deus te desenhou / Ele estava namorando”, tudo o que Armandinho quer é ser reconhecido como músico e compositor para momentos mais aventureiros. Surfista de longa data e morador de Itajaí (Santa Catarina), o cantor de 40 anos traçou um plano para “Volume 5”, seu novo CD que acaba de chegar às lojas. “Queria que as canções acompanhassem a minha rotina de surfista. Estava ficando estigmatizado como cantor romântico, e com este disco quero mostrar meu outro lado”, conta Armandinho.
Este outro lado contempla não só a busca por canções mais dinâmicas como fez Armandinho se isolar em seu estúdio caseiro e mexer como há muito tempo não fazia em sua Fender branca modelo 1968. “É a mesma guitarra que o Jimi Hendrix usava. Neste álbum, acabei gravando as guitarras em todas as faixas. Pude passar meus sentimentos também através do instrumento”, lembra.
Além de Hendrix, Armandinho lembra que destacou outros artistas roqueiros para ”refazer” sua imagem perante ao público. “Tá Todo Mundo Aí, por exemplo, tem uma vibe Black Crowes, uma banda que conseguiu trazer o som dos anos 70 para o rock contemporâneo. Quis colocar estes elementos no reggae.”
O cantor e guitarrista lembra que é ao vivo que as velhas canções vão ganhar um peso maior. Em São Paulo, Armandinho tem show marcado para maio, no Citibank Hall. “Mas vou continuar fazendo as baladas no violão. Não tenho como abandonar esse meu lado”, justifica.