O último caso de raiva humana no Estado de São Paulo aconteceu em 2001. Desde então, não foi registrada nenhuma ocorrência. A vacina contra a raiva humana é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a relação dos endereços de postos de saúde e hospitais públicos pode ser conferida no site do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde.
“Se a pessoa for agredida por um cão ou qualquer outro animal, é muito importante que procure um serviço de saúde mesmo se o ferimento não for grave, pois pode haver a necessidade de tomar a vacina contra a raiva”, afirma a diretora do Instituto Pasteur, Neide Takaoka. Diferentemente do que ocorria em décadas anteriores, a vacina contra a raiva não é aplicada na barriga. São cinco doses, no braço do paciente.
Levantamento inédito da secretaria da Saúde revela que ocorrem por hora no Estado de São Paulo pelo menos 10 ataques de cães contra humanos. O cálculo leva em conta a média de 85,4 mil ataques anuais notificados pelos serviços de saúde entre 2005 e 2009 por intermédio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Os cães representam 84,4% das agressões de animais contra as pessoas no Estado. Em segundo vêm os gatos, com 8%, seguidos pelos morcegos, com 0,9%, herbívoros domésticos (0,5%) e primatas não-humanos (0,3%).
Do total de agressões registradas, 55% são contra homens. Trinta e quatro por cento dos ferimentos causados pelos cães são considerados profundos. Outros 6% são dilacerantes e 60%, superficiais. Há múltiplos ferimentos em 38% dos casos.