O programa Melhor Caminho, que recupera estradas rurais há 12 anos, facilita o escoamento da produção agrícola e o trânsito dos moradores, preservando ainda os recursos naturais.
Só nas regiões de Campinas e Metropolitana de São Paulo, o Governo do Estado de São Paulo vai investir R$ 28,6 milhões na recuperação de 335,08 quilômetros de estradas rurais de terra em 57 municípios.
A recuperação dos trechos rurais será executada pela Codasp – Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo, responsável pelo programa Melhor Caminho. Esta é a primeira etapa do programa em 2010, que pretende investir até o final do ano R$ 82 milhões, com previsão de recuperar 1 mil quilômetros.
O secretário de Agricultura e Abastecimento, João Sampaio, explica que o governo atingirá a meta de atender todos os municípios do Estado de São Paulo com estradas rurais. “Depois dos municípios da região de Campinas e da região metropolitana de São Paulo, o Programa Melhor Caminho complementará a região do Vale do Paraíba, cumprindo assim o compromisso de levar, em quatro anos, o programa para todo o Estado”.
Desenvolvido pela Secretaria e executado pela Codasp, o programa conserva estradas não pavimentadas, preservando os recursos naturais, especialmente a água e o solo, prevenindo e controlando a erosão e, simultaneamente, estimulando a adoção de práticas de conservação pelos agricultores.
No ano passado, foram atendidos 184 municípios, num total de 1.078 quilômetros de estradas rurais e investimentos de R$ 92,3 milhões. Em três anos foram 3.500 quilômetros recuperados e recursos de R$ 237 milhões.
Material reciclado
O programa Melhor Caminho também se utiliza de uma nova técnica: o uso do entulho da construção civil para revestimento da estrada de terra – o material é utilizado no lugar do cascalho. O projeto piloto foi lançado em Piracicaba onde dos 11,1 quilômetros recuperados, o entulho foi aplicado em 1,1 quilômetro. Para isso, foram utilizados mil metros cúbicos de material reciclado. A técnica também foi aplicada nos municípios de Descalvado, Porto Ferreira e Sorocaba.
Além de reduzir o custo da obra, o uso do material reciclado é ambientalmente mais sustentável, pois poupa as jazidas naturais de cascalhos, reduzindo a degradação, e evita o depósito de entulho em locais, muitas vezes, inapropriados.