O ministro da Fazenda chileno, Andrés Velasco, disse nesta sexta-feira que a economia do país sentirá nos próximos meses os efeitos do devastador terremoto do fim de semana, mas que o estímulo para reconstruir as áreas afetadas vai ajudar na recuperação no longo prazo.

“Essa tremenda tragédia será refletida na atividade (econômica) em março e nos meses seguintes”, disse Velasco a jornalistas.

O índice de atividade econômica do Chile, o IMACEC, atingiu uma inesperada alta de 4,3 por cento em janeiro em relação ao ano passado, e ele disse que a estatística mostrava que a economia estava forte antes do terremoto, que matou centenas e destruiu prédios e infraestrutura.

Velasco disse que o investimento necessário para reconstruir as áreas afetadas pelo terremoto vai dar um impulso na economia no segundo semestre do ano.

“Esta tragédia vai requerer muito investimento público e privado e esse investimento vai estimular a demanda e, de certa forma, no meio prazo … vai contribuir para o estímulo econômico”, disse Velasco.

O governo chileno não disse em que medida o terremoto e as ondas gigantes que se seguiram ao sismo vão afetar o crescimento este ano, mas analistas estimam o crescimento em 5 por cento.