Os combustíveis vendidos nos 8.500 postos do estado de São Paulo estão entre os mais vigiados e controlados do país. De acordo com balanço da Secretaria da Fazenda, em cinco anos da operação De Olho na Bomba foram realizadas 10.794 ações de fiscalizações e todos os postos de combustíveis em atividade no estado foram visitados pelo menos uma vez neste período.

O ritmo intenso de inspeção reduziu em quase 90% no índice de desconformidade encontrado nas amostras de álcool e gasolina recolhidas durante as operações. Isto é, se em 2004 a cada 100 postos, 38 vendiam combustível adulterado, hoje a proporção é de 3 para 100. Mais de 750 postos de combustíveis tiveram suas licenças de funcionamento cassadas por venda de produtos adulterados e os donos estão impedidos de exercer função neste ramo nos próximos cinco anos. Esses dados mostram como está mais seguro abastecer o carro em território paulista e confirmam a eficiência da operação.

A Fazenda realiza, agora, uma nova varredura. Retornou a 27% dos postos do Estado, cujos produtos foram novamente recolhidos e passaram por uma segunda bateria de testes. “Um estabelecimento pode ter recebido a visita dos agentes fiscais duas ou três vezes”, explica o diretor adjunto da Administração Tributária, Sidney Sanchez. A estimativa é que até o final do ano 64% dos postos sejam revisitados. “A meta da operação é assegurar que os motoristas que circulam por São Paulo possam abastecer seus veículos com os combustíveis mais puros do país”, afirma.

As operações são constantes e não têm datas fixas. Todos os meses as equipes da operação De Olho na Bomba percorrem 200 postos de combustíveis para verificar a qualidade do álcool, da gasolina e do óleo diesel. As 18 delegacias regionais da Fazenda desenvolvem um cronograma de fiscalização permanente. As denúncias dos consumidores contribuem para a montagem da lista de postos a serem visitados pelos técnicos da Fazenda.