A cobertura vegetal do Estado de São Paulo aumentou em quase um milhão de hectares e passou a ocupar 17% do território paulista ante os 13% de 10 anos atrás. Este é o dado que o Instituto Florestal (IF), órgão vinculado à secretaria do Meio Ambiente – SMA, divulga nesta quarta-feira, 17. O bom resultado se deve, em parte, ao fato do novo mapa de cobertura vegetal do Estado ter sido produzido com imagens de satélites de alta resolução, aumentando em quatro vezes a possibilidade de observação das florestas paulistas. Até 2001, ano do último inventário, o satélite brasileiro CBERS era a referência para levantar estas áreas – agora ele foi substituído pelo satélite japonês ALOS que permitiu o alcance a detalhes inéditos.
Além da tecnologia mais avançada, outro motivo a comemorar é o número de fragmentos de vegetação. Eram 100 mil no último inventário e agora são 300 mil. Isso significa obter o conhecimento detalhado do triplo de vegetação do qual se tinha informações. Esses dados vão ajudar na fiscalização, no rigor dos licenciamentos ambientais, no aperfeiçoamento da legislação ambiental, bem como no auxílio a programas de pesquisa como o Biota-Fapesp – Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo.
Da nova cobertura florestal identificada, também é possível perceber que quase 100 mil hectares são áreas em regeneração, sugerindo uma possível redução do desmatamento no Estado. Para elaborar o novo mapa foram necessários 15 meses de levantamentos feitos por 16 técnicos especialistas em sensoriamento remoto. O projeto contou com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag) e custou R$ 1,5 milhões.
A entrega do novo inventário será feita em cerimônia no auditório do Instituto Florestal e contará com a presença do secretário do Meio Ambiente, Xico Graziano e do diretor do IF, Rodrigo Victor. Na ocasião também será empossado o novo Conselho Consultivo do Parque Estadual Alberto Löfgren, o Horto Florestal.