Estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que o desmatamento diminuiu no mundo, mas que continua em ritmo alarmante em muitos países. Os dados preliminares do documento, que fez análises em 233 países e territórios, foram divulgados hoje (25).
O relatório de Avaliação Global de Recursos Florestais 2010, realizado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), avaliou o desmatamento na última década no mundo.
Nos últimos dez anos, 13 milhões de hectares anuais de florestas nativas foram transformadas em terras agrícolas ou destruídas por causas naturais, o que mostra uma redução em relação à década de 1990 quando foi registrada uma perda de 16 milhões de hectares.
A América do Sul e a África tiveram as maiores perdas anuais de áreas verdes no período entre 2000 e 2010, registrando 4 e 3,4 milhões de hectares, respectivamente. A Oceania também teve uma grande perda de florestas, mas por um motivo bem diferente, devido à grande seca que atinge a Austrália desde 2000.
Por outro lado, a Ásia ganhou 2,2 milhões de hectares ao ano na última década em função das ações de reflorestamentamento em grande escala na China, Índia e no Vietnã, aumentando sua superfície florestal em cerca de 4 milhões de hectares anuais nos últimos cinco anos.
Nos Estados Unidos e na América Central, a superfície florestal permaneceu estável. Na Europa houve crescimento da área verde.
“A taxa de desmatamento continua sendo muito alta em muitos países e as áreas de florestas intactas – que não foram alteradas por atividade humana – seguem diminuindo, por isso os países devem intensificar seus esforços para melhorar a gestão e a conservação”, disse no relatório o diretor-geral adjunto do departamento florestal da FAO, Eduardo Rojas.