As mulheres morrem mais de crises cardíacas, porque raramente se beneficiam das análises e tratamentos aplicados rotineiramente aos homens, segundo um estudo francês divulgado na terça-feira (16) nos Estados Unidos.
A pesquisa –realizada com 3 mil mulheres que tinham sofrido crise cardíaca na região francesa de Franche-Comte em 2006 e 2007– descobriu que poucas vezes essas mulheres realizavam angiografia para estudar os vasos sanguíneos. Também não realizavam angioplastia, que implica em dilatar uma artéria coronária por meio de um pequeno stent que é inserido para manter a artéria aberta.
Os autores concluíram que as mulheres têm duas vezes mais riscos de morrer de infarto que os homens nos 30 dias posteriores a um ataque cardíaco.
“Isso sugere que poderíamos reduzir a mortalidade entre as pacientes mulheres usando procedimentos mais invasivos”, declarou François Schiele, chefe de cardiologia da Universidade Hospital de Besancon, na conferência anual do American College of Cardiology, em Atlanta.
“Se não existirem contraindicações evidentes, as mulheres deveriam ser tratadas com todas as estratégias recomendadas, inclusive as mais invasivas”, completou.