Os especialistas no tratamento do couro cabeludo afirmam que o estresse é um dos maiores causadores da queda de cabelos e dermatites. Em segundo lugar estão a depressão e doenças emocionais que acabam afetando a auto-estima do ser humano.
As chamadas doenças psicossomáticas, ou seja, distúrbios com origem emocional pelos quais, a pessoa pode desenvolver problemas físicos podem afetar cabelos, pele e unhas. O estresse é o distúrbio mais comum de fundo emocional. Ele pode ocasionar queda capilar, aumento da secreção sebácea e dermatites. Porém problemas emocionais como depressão e baixa auto-estima podem se refletir da mesma maneira nos cabelos, na pele e nas unhas, que se constituem em nosso revestimento. Traumas vividos são outra fonte do problema: há casos em que uma perda leva à queda total dos cabelos, ao branqueamento dos fios ou a uma queda acentuada.
Outro distúrbio que pode atingir o homem ou a mulher decorrente de forte pressão emocional é a tricotilomania, ou seja, o ato de arrancar os cabelos, que pode desaparecer com a mesma rapidez com que aparece. Porém, sempre tem origem emocional, seja uma perda importante ou uma grande mudança na vida da pessoa.
Vale a pena mencionar outras doenças de fundo emocional tais como a Alopecia areata (vulgo pelada) que é a perda de pelos em todo o corpo, causada por estresse e baixa imunidade; Alopecia androgenética, perda de cabelos e pelos causada basicamente por hereditariedade e agravada por estresse; descontrole hormonal (alta produção de DHT – diidrotestosterona); descontrole sebáceo tópico; e hábitos como exposição solar sem proteção, alimentação inadequada e até falta de atividade física; Psoríase, ou seja, lesões na pele, unhas e couro cabeludo, que surgem principalmente em mulheres com histórico familiar e é causada predominantemente por estresse, baixa imunidade, deficiência vitamínica e sensibilidade dérmica; Eflúvio telógeno, queda capilar grave, causada por estresse, insônia, depressão pós-parto e pós-cirurgia e uso de medicamentos agressivos sem controle médico. Também são fatores importantes: alterações hormonais, problemas endócrinos e disfunções na tireóide, causadas por regimes alimentares sem acompanhamento médico; alimentação inadequada; ovário policístico e endometriose.
De acordo com especialistas no assunto, o outono e inverno são períodos de mudanças de comportamento, desencadeando importantes alterações na pele e nos cabelos. O recolhimento em ambientes fechados e aquecidos, o uso de casacos e gorros, banhos muito quentes e a redução dos movimentos provocam menor oxigenação e diminuem a liberação de endorfina (hormônio responsável pelo rejuvenescimento). Tudo isso, somado à alimentação mais calórica e gordurosa, é fator desencadeante de dermatite seborreica. A água quente potencializa o cloro, que prejudica os cabelos. Além disso, o óleo, ao ser tirado bruscamente, se reproduz ainda mais, pois as glândulas sebáceas aceleram sua produção.
Tratar problemas capilares que tenham fundo psicológico requer a ação simultânea de vários profissionais. Paralelamente ao tratamento tópico, devem entrar em campo um psicólogo, terapeuta capilar e até um neurologista e/ou psiquiatra, pois podem ser necessários medicamentos antidepressivos, entre outros. É importante tratar a causa e o efeito do problema.
A melhor atitude é a prevenção, também de maneira multidisciplinar: apoio psicológico; atividade física com orientação adequada; reeducação alimentar com acompanhamento de nutricionista; e cuidados de assepsia corretos com a pele e os cabelos.