Presidente Prudente continua com a segunda pior condição de disposição de lixo domiciliar do Estado de São Paulo. A cidade, que já havia sido apontada nessa condição pelo Inventário Estadual de Resíduos Domiciliares 2008, foi novamente assim classificada pelo indicador 2009 elaborado por técnicos da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), divulgado sexta-feira (26)

A pesquisa, que avalia os 645 municípios paulistas, atribuiu a segunda pior nota entre eles para o lixão de Prudente – 2,0 de 0 a 10. A única coisa que mudou, além do leve aumento da nota da cidade (ano passado foi 1,7), foi o único município que perde para Prudente: no relatório do ano passado era Ilha Comprida, que recebeu 1,6. Enquanto a cidade este ano obteve 9,5, Vargem Grande do Sul, a terceira pior em 2008, manteve o mesmo índice de 1,8 em 2009 e deteve título de pior lixão do Estado.

Desde 1997 a Cetesb apresenta anualmente os resultados do monitoramento dos sistemas de operação dos aterros sanitários em cada município do Estado, atribuindo uma classificação através do Índice de Qualidade de Resíduos (IQR), que é calculado a partir da aplicação de um questionário padronizado, subdividido em três partes, que analisa a situação local, estrutural e operacional do aterro, atribuindo uma nota que varia de 0 a 10.

Se a pontuação atribuída ao aterro ficar entre 0 e 6, o mesmo é considerado “inadequado”. De 6,1 até 8, é “controlado”, e, acima de 8,1, o aterro é classificado como “adequado”, ou seja, que atende aos padrões ambientais estabelecidos pela Cetesb.

Prudente, que ainda não dispõe de aterro sanitário e deposita os resíduos sólidos em um lixão, recebeu nota 2,0.

Segundo o relatório, Presidente Prudente aumentou sua produção diária de lixo de 121,1 toneladas em 2008 para 122 toneladas/dia no ano passado.

Nos estudos realizados pela Cetesb desde de 1997, a pior nota obtida pela cidade foi o 1,7 do ano passado, enquanto a maior foi o IQR 2,9, obtido em 1999 e em 2005.

O inventário mostra ainda que Prudente já tem um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para desativar o lixão atual e montar um aterro sanitário conforme as exigências da Cetesb, mas ainda não possui nem licença de instalação nem licença de operação.

Em todo o Estado, apenas sete municípios tiveram nota que caracterizam “condição inadequada” de disposição de lixo, entre eles, além de Prudente, Dracena, que produz 16,3 toneladas de lixo por dia e caiu de seu IQR 7,1 de 2008 para IQR 5,0 no ano passado. Consta que a cidade já tem TAC para solucionar o problema. As outras cidades são Oriente (IQR 5,6), Jau (4,7), Espírito, Santo do Pinhal
(4,7), Vargem Grande do Sul (1,8) e Peruíbe (4,8).

Com informações do Portal do Ruas.