Pesquisa da Fundação Seade divulgada na quarta-feira, 10, revela que os acidentes de trânsito são a principal causa de morte não natural da população residente no Estado de São Paulo. Em 2008, a taxa de mortes no trânsito foi de 18 para cada 100 mil habitantes no Estado – índice bem próximo ao registrado em 2007, que foi de 18,3 óbitos por mil habitantes.
Nos últimos 20 anos, os acidentes de trânsito foram responsáveis pela morte de 149.911 pessoas – o que equivale à população de um município do porte de São Caetano do Sul.
O número de óbitos aumentou continuamente a partir de 1988 e atingiram o seu ápice entre 1996 e 1997, quando vitimavam, em média, 25 pessoas por dia em todo o Estado. A taxa de mortalidade era de 25,7 óbitos por 100 mil habitantes.
Os índices começaram a cair em 1998, com a implantação do novo Código de Trânsito Brasileiro: em 1999 foi de 20,1 óbitos por 100 mil. Porém, a partir de 2001, quando os acidentes tiraram a vida de 19 pessoas por dia no Estado de São Paulo, essa tendência foi interrompida e os índices permaneceram praticamente constantes até 2006, em torno de 17,0 óbitos por 100 mil habitantes.
Entre 1996 e 2008, a taxa de mortalidade em decorrência de atropelamentos diminuiu pela metade (de 10,1 para 5,1 óbitos por 100 mil habitantes). Entre os demais acidentes (automóvel, ônibus, veículo de carga pesada, camionete, etc.) a redução também foi expressiva (de 15,3 para 9,5 óbitos por 100 mil habitantes). Entretanto, o indicador de mortalidade por acidentes com motos, apesar de estar num patamar inferior ao dos demais acidentes, aumentou de forma significativa ao passar de 0,2 para 3,4 óbitos por 100 mil habitantes, no período analisado.