O próximo dia 21, feriado de Tiradentes, será muito especial para a Academia de Judô Dracenense, cuja sede está situada na rua Thomé de Souza. Fundada por Toshinobu Tomiyoshi e Takahiro Morita, após um ano de atividades, a Academia foi inaugurada em 1957 com um campeonato amistoso tendo como convidadas as cidades de Flórida Paulista, Adamantina, Lucélia, Osvaldo Cruz, Bastos e Dracena.
Durante esses anos de atividades em Dracena, a Academia recebeu judocas do Japão e sediou importantes eventos. Um dos momentos marcantes foi em 1958, na comemoração do cinquentenário da imigração japonesa no Brasil, quando estiveram na Cidade Milagre os judocas do Japão, mestre Kotani, 8º grau (faixa coral vermelha e branca) e Shinohara, 4º grau (faixa preta), campeões estudantil no país deles.
Eles participaram de uma competição de seis dias de festa no antigo campo da Adec, que contou com a ajuda de José de Souza, na época gerente do Banco do Brasil de Dracena.
Shinohara demonstrou toda a eficiência no judô lutando contra dez adversários que foi um fato realmente marcante na Academia Dracenense. Durante essas décadas, a Academia conquistou desde o ano de 1959 até este ano, inúmeros títulos importantes em categorias diferentes, que serviram de orgulho aos dracenenses.
Um dos momentos marcantes na história do judô local aconteceu na administração do prefeito Florindo Tabachi que doou 170 tatames para que as conquistas que serviam de projeção para Dracena não parassem.
Em 1970, um dos títulos importantes conquistados foi o de Vice Campeão Brasileiro por equipe em São Paulo, destacando a região da Nova Alta Paulista e Dracena.
Após 20 anos de uso ininterruptos, o então prefeito da época Paulo Tahara, cumpriu promessa de campanha política – a conquista de uma nova sede.
O projeto autorizando a construção da nova sede foi aprovado por unanimidade na Câmara e na sessão o vereador José Narciso fez um discurso que emocionou não somente os japoneses, mas sim os dracenenses presentes.
“O judô não é só do japonês, mas sim de todos nós, sem distinção de cor, raça ou nacionalidade. O judô dracenense projetou-se nos meios esportivos e culturais em todo o estado de São Paulo e em todo o território nacional e, por isso, o projeto merece a aprovação”, disse o então vereador José Narciso.
Em 8 de dezembro de l981, nos 36 anos de Dracena, o judô ganhou sua nova sede que foi inaugurada com as presenças de inúmeras autoridades. Além disso, os judocas Yugi Aldo Miyaguchi, Nelson Watanabe e Silvio Garcia de Brito foram aprovados faixa preta na capital paulista.
A história do judô dracenense conta que em 1983, os sexagenários Toshinobu Tomiyoshi e Takahiro Morita transferiram seus cargos de instrutor para Eduardo Hideo Tomiyoshi e a Yugi Aldo Miyaguchi, quando Helio Yoshiharu Yamaguchi se ofereceu para ser instrutor no período diurno.
Atualmente a Academia tem como técnicos Yugi Miyaguti, Helio Yamaguti e Eduardo Tomiyoshi, que trabalham sempre com o objetivo não só de formar judocas de nível invejável nas competições, bem como formar bons cidadãos.
A Academia de Judô de Dracena teve ilustres judocas que além de serem sucesso no tatame, também se deram bem na vida profissional onde colocaram os ensinamentos da filosofia dessa luta japonesa. Se fossemos citar todos eles, a página de Esportes do Jornal Regional seria pequena, entre eles, Edson Kai, atual diretor da Fundec; Nelson e Ademar Watanabe, atualmente são policiais militares; Juliano Brito Bertolini, presidente da Câmara Municipal; Adriano Kashiura, brilhante advogado; Carlos Panage, professor em Portugal; João Cláudio Gil, empresário, que foi campeão mundial universitário de Judô; Manoel Ruiz Neto, professor de Educação Física; Carlos Roberto Marques Junior, atual procurador do estado; Humberto Tamaoki, médico em São Paulo; Eduardo Grassi, médico no Rio de Janeiro; Everton Gervezier Nunes, professor de Academia; Ricardo Dias cientista no exterior; Douglas Emerson dos Santos, chefe do Tiro de Guerra; Roberto Mazarin, delegado da Receita Federal; Aparecido Figueiredo, professor em Junqueirópolis; Fabio Vendramin, comerciante; Bianca Carpi, vendedora; Wagner Delovo comerciante, além de Esley Kozan, fisioterapeuta e Rodrigo Rigolo, agente penitenciário.