Doar medula óssea é algo simples, indolor – exige apenas uma anestesia local – e pode salvar muitas vidas. Essa constatação tem levado muitas pessoas a se inscreverem no cadastro nacional de doadores, a fim de amenizar o sofrimento de inúmeras pessoas que estão na fila para receberem uma nova medula.

Com a preocupação de facilitar o acesso a esse cadastro é que a FAI – Faculdades Adamantinenses Integradas e o Banco de Sangue de Adamantina, ligado à Santa Casa, estão realizando uma grande campanha de cadastro de medula óssea. O projeto teve início no dia 25 de abril, na FAI, com uma palestra do médico Antônio Fabron Junior, do Hemocentro de Marília, que explicou aos alunos sobre o processo de doação.

O primeiro passo é ter entre 18 e 54 anos, estar em bom estado de saúde – ou seja, não ter doença contagiosa, nunca ter tido câncer, hepatite B ou C e não usar insulina. O doador deve então, junto ao banco de sangue, realizar a coleta de 5 ml de sangue, a fim de que seja extraído o material genético (HLA), que será cadastrado de acordo com os dados constantes nos documentos do voluntário doador.

Esses dados ficarão no chamado REDOME – Registro de Doadores Voluntários de Medula, que é um banco de dados nacional. A partir daí, quando surgir um paciente compatível geneticamente, o doador poderá ser convidado fazer a doação.

Doação é indolor
Segundo a Dra. Mara, voluntária do Hemocentro de Marília, o procedimento, no caso de doação, é muito tranqüilo e indolor. A doação pode ser feita de duas formas: por pulsão ou por meio de um aparelho chamado aférese. No caso da primeira opção, é feita uma pulsão na região do osso da bacia. “Esse procedimento dura no máximo 40 minutos, e é utilizada a anestesia local, sem risco algum para o doador. Em 12 horas a medula está recomposta e o doador tem vida absolutamente normal no dia seguinte”, diz. Ela explica que nesse caso exige-se uma internação de 24 horas, em função da anestesia.

A aférese é uma máquina que realiza um sistema de filtragem, parecido com o da hemodiálise. O doador recebe um medicamento para estimular a proliferação de células e a máquina filtra o sangue pelas veias dos dois braços. Em quatro horas o material está coletado e o doador liberado para suas atividades cotidianas.

“Salvar vida é algo mágico, maravilhoso”, comenta a Biomédica e Coordenadora Administrativa da FAI, Regina Ruete. “O transplante de medula óssea é a única esperança de cura para muitos portadores de leucemias e outras doenças do sangue”, completa. Daí a importância de se aumentar cada vez mais o número de doares potenciais.

A campanha para o cadastro, em Adamantina será realizada em dois locais, no dia 6 de maio: Campus II da FAI e no Banco de Sangue da Santa Casa, das 9h às 21h.