Homens armados vestindo uniforme militar invadiram casas numa vila sunita ao sul de Bagdá, na madrugada de sexta-feira para sábado, e mataram ao menos 24 pessoas, incluindo cinco mulheres, em ataques ao estilo de execução, disseram oficiais neste sábado. O ataque tem uma “uma óbvia ‘marca’ da [rede terrorista] Al Qaeda”, segundo o porta-voz de segurança de Bagdá, Qassim al Moussawi.
Outros oficiais falam em 25 mortos. Um representante do Ministério do Interior do Iraque confirmou o ataque e disse que foram mortos 20 homens e cinco mulheres. Ao menos sete pessoas vivas foram encontradas algemadas. Um oficial do Exército disse que muitas das vítimas foram brutalizadas a ponto de não poderem ser reconhecidas.
O ataque aconteceu no enclave sunita de Al Busaifi, ao sul de Bagdá, antigo reduto da Al Qaeda.
Os atacantes fingiram ser soldados dos EUA porque vestiam uniformes no estilo do americano e óculos de sol, e falavam um pouco de inglês, segundo uma fonte militar iraquiana que estava no local.
Muitos dos mortos eram membros dos sahwa, também conhecida como Filhos do Iraque, uma milícia de cerca de 94 mil integrantes criada em setembro de 2006 por chefes tribais sunitas em conflito com a Al Qaeda.
Muitos dos Filhos do Iraque são ex-insurgentes que se alinharam aos americanos contra a Al Qaeda no Iraque. Considera-se que o movimento, conhecido como “Despertar”, ajudou a reduzir a violência no país.
O ataque acontece num momento em que o maior bloco político do Iraque sofre para conseguir suficiente apoio parlamentar para formar um governo, após os resultados das eleições parlamentares de 7 de março não ter dado a nenhum grupo a liderança para governar sozinho.
Foram presas 17 pessoas após as buscas policiais nas redondezas, disse o porta-voz do comando militar de Bagdá, Qassem Atta.
Com agências internacionais