Levantamento da Secretaria da Saúde aponta que 25,3% das pessoas atacadas por cães no Estado de São Paulo são crianças. As que estão na faixa etária entre os cinco e nove anos de idade representam 14,8% do total de notificações. As crianças entre zero e quatro anos respondem por 10,5% dos ataques.
Ainda segundo o balanço, feito com base em 341,6 mil ataques de cães notificados pelos serviços de saúde do Estado entre 2005 e 2009 (média de 85,4 mil por ano), os adolescentes entre 10 e 19 anos são vítimas de 17,5% do total de casos. Somadas, as crianças e adolescentes respondem por 42,8% dos ataques.
Já entre os adultos, 12,5% dos ataques de cães são contra pessoas de 20 a 29 anos, 11% atingem pessoas de 30 a 39 anos, outros 11% são contra os que possuem entre 40 e 49 anos e 10% atingem paulistas entre 50 e 59 anos de idade. Idosos com 60 anos ou mais respondem por 12,7% dos ataques de cães.
Do total de agressões registradas, 55% são contra homens. Trinta e quatro por cento dos ferimentos causados pelos cães são considerados profundos. Outros 6% são dilacerantes e 60%, superficiais. Há múltiplos ferimentos em 38% dos casos.
“Se a pessoa for agredida por um cão ou qualquer outro animal, é muito importante que procure um serviço de saúde mesmo se o ferimento não for grave, pois pode haver a necessidade de tomar a vacina contra a raiva”, afirma a diretora do Instituto Pasteur, órgão da secretaria, Neide Takaoka.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina contra a raiva humana gratuitamente em postos de saúde e hospitais públicos. A relação dos endereços pode ser conferida pelo site do Centro de Vigilância Epidemiológica da secretaria.
Diferentemente do que ocorria em décadas anteriores, a vacina contra a raiva não é aplicada na barriga. São cinco doses, no braço do paciente. O último caso de raiva humana no Estado de São Paulo foi registrado em 2001.