Das 266.415 novas vagas formais de trabalho geradas no País em março, 125.189 – ou seja, 47% do total – estão no Estado de São Paulo. No mês anterior foram criados 80.662 postos, o que correspondeu a 39% de todo o emprego gerado no Brasil. É o que revela o Observatório do Emprego e do Trabalho (www.observatorio.sp.gov.br).

“O Estado de São Paulo criou quase a metade dos novos empregos registrados no Brasil em março. O setor responsável por esse desempenho foi a indústria, que é muito forte no nosso Estado”, afirma o secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, Pedro Rubez Jehá. Das 125.189 novas vagas, 45.195 foram registradas na indústria de transformação.

A ferramenta, gerenciada pela Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho (SERT) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (FIPE/USP), disponibiliza mensalmente, pela internet, informações sobre o comportamento do mercado de trabalho paulista.

O pesquisador Hélio Zylberstajn, da FIPE, ressalta que outras duas atividades que se destacaram em março foram a agricultura – em função das contratações para a safra do primeiro semestre – e a construção civil.
O setor Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura gerou 14.115 postos e a área de Construção, 10.604 vagas.

Indústria, agricultura e construção – juntamente com o setor Atividades Administrativas e Serviços Complementares (+25.293 vagas) – criaram 66% do emprego gerado em março no Estado. Nenhum ramo de atividade econômica registrou perda de emprego.

Ocupações em alta
As ocupações que apresentaram os crescimentos mais acentuados foram: Trabalhadores agrícolas na cultura de gramíneas (+32.862 vagas), Motoristas de veículos de cargas em geral (+7.183), Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos (+6.718) e Alimentadores de linhas de produção (+5.667). Elas responderam por aproximadamente 41% de todo o crescimento do emprego formal em março.

Todas as regiões ganharam
Em março houve criação de vagas em todas as regiões administrativas. A Região Metropolitana de São Paulo foi a que apresentou o crescimento mais acentuado (+43.581 vagas), seguida pelas regiões de Campinas (+21.365), São José do Rio Preto (+10.429) e Araçatuba (+9.991).

Salários
O salário médio dos admitidos no Estado em março foi R$ 913, o que representa uma diminuição de 1,5% ante fevereiro. Por outro lado, na comparação com março de 2009, o salário médio aumentou em 4,8%. As elevações mais expressivas foram observadas nas regiões de Santos (+9,4%), Marília (+8,8%), Central/Araraquara/São Carlos (+8,4%) e São José do Rio Preto (+7,1%).

O maior salário médio em março foi registrado na Região Metropolitana de São Paulo (R$ 1.024) e o menor na Região de Barretos (R$ 651). Das 15 regiões, apenas as de Barretos (+11,6%) e a Região Metropolitana de São Paulo (+0,3%) apresentaram aumento.

Das 13 regiões com redução, as quedas mais acentuadas foram em Registro (-8,3%), Bauru (-4,5%), Araçatuba (-4,4%), Marília (-4,1%) e Campinas (-3,7%).

Menor escolaridade
Mais da metade das vagas criadas em março (54,3%) foram ocupadas por jovens de até 24 anos – proporção similar à observada no mês anterior (53,8%).

A participação dos trabalhadores com escolaridade mais elevada diminuiu. Os que terminaram o Ensino Médio responderam por 45,1% das novas vagas, ante 48,5% em fevereiro. A participação dos trabalhadores com Ensino Superior completo foi de 11,6% em março e, no mês anterior, de 28,5%.

Confira a íntegra do Boletim de março do Observatório do Emprego:
http://www.emprego.sp.gov.br/downloads/observatorio/boletim_201003.pdf