O município de Ribeirão Preto, no interior paulista, confirmou 8.081 casos de dengue nos primeiros três meses deste ano. Ainda há 3.664 casos suspeitos em análise.

A chefe de controle municipal dos vetores, Cristina O’Grade, atribuiu o fato ao excesso de chuvas que contribuiu para que se alastrassem os criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti . “A presença de um simples saco plástico no quintal pode se transformar em criadouro em apenas uma semana”, observou.

Além disso, segundo O’Grade, o surto epidemiológico encontrou uma população suscetível a contrair o vírus. Ela informou que, em 1990, os casos foram mais concentrados nas regiões norte e oeste e, agora, foram notificados contágios nas zonas leste e sul.

Para combater a doença, a prefeitura reforçou o número de agentes e ampliou as campanhas de conscientização para eliminar os criadouros. Além disso, estão sendo obtidas liminares na Justiça para a entrada dos profissionais em casas abandonadas ou lugares que possam oferecer riscos de proliferação do vírus em que os responsáveis pelo imóvel não seja localizado.

Na cidade de São Vicente, na Baixada Santista, foram confirmados 2.039 casos, a maior parte (1.305) durante o mês de março. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, 5 pessoas já morreram neste ano, vítimas da doença. Ainda de acordo com a assessoria, a maior incidência tem sido na periferia onde há mais acúmulo de lixo.

Em Santos foram 911 casos de dengue com 8 óbitos. Em todo o ano de 2009, foram registrados 130 casos. Este ano, a demanda nos pronto-socorros aumentou em cerca de 50%.