Com a descoberta das reservas gigantes do pré-sal, o Brasil poderá chegar a 2016 com um excedente diário de cerca de um milhão de barris de petróleo. A informação é do assessor da Diretoria-Geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Leonardo Caldas.
Ao participar nessa terça-feira (13) do Congresso da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital, Caldas abordou o tema Energias para o Futuro. O painel procurou demonstrar que a matriz energética brasileira vem se diversificando nos últimos anos, com o crescimento da biomassa, que hoje responde por 31,6% de todo o parque nacional energético.
“Isto coloca o Brasil em uma posição favorável em relação aos outros países do mundo, uma vez que a média mundial da utilização da biomassa é de apenas 9,8%”, ressaltou Caldas. Segundo ele, o petróleo responde por 36,67%, enquanto a energia hidráulica (proveniente das hidroelétricas) responde por 14,8% da energia gerada no país.
Mesmo admitindo que, com uma produção de cerca de 2 milhões de barris por dia, o Brasil é hoje um país auto-suficiente na produção de petróleo, o assessor da diretoria geral da ANP ressaltou que a produção atual do país é apenas suficiente “apenas para o consumo interno e, portanto, não há excedente para a exportação, o que deverá acontecer em 2016, quando as descobertas do pré-sal deverão gerar excedente de 1 milhão de barris de petróleo por dia”.
Ao comemorar o advento do carro flex no país, que em 2009 respondeu por 88,2% das vendas de veículos novos no país, Caldas ressaltou a expansão significativa da demanda por etanol, que hoje chega mesmo a superar o uso da gasolina como combustível veicular. “Hoje, o brasileiro pode escolher três tipos de combustíveis: etanol, gasolina e gás natutal, o que o coloca em uma situação única diante do mundo”, observou.