A política monetária precisava agir de forma incisiva para conter a inflação. Essa foi a justificativa dos membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central para elevar a taxa básica de juros, a Selic, 9,50% na reunião do dia 28 de abril.
A ata da reunião, divulgada hoje (6), revela que “prevaleceu o entendimento entre os membros do comitê de que competiria à política monetária agir de forma incisiva para evitar que a maior incerteza detectada em horizontes mais curtos se propague para horizontes mais longos”.
De acordo com o documento, o Copom considera que a economia se encontra em novo ciclo de expansão e as incertezas sobre o ritmo desse processo deverão ser dirimidas ao longo do tempo.
“Os sinais de aquecimento da economia se manifestam, por exemplo, na trajetória dos núcleos de inflação, na elevação das expectativas de inflação, nos indícios de escassez de mão-de-obra em alguns segmentos e na elevação dos custos dos insumos”.
Para o Copom, nesse cenário, precisam ser revertidos os sinais de persistência do descompasso entre o ritmo de expansão da demanda e da oferta.