A Fifa recebeu nesta sexta-feira o projeto completo das candidatas a receber a Copa do Mundo em 2018 e 2022. “Foi dado o pontapé inicial”, avisou o presidente da entidade, Joseph Blatter, ao recepcionar os representantes das nove candidaturas em Zurique, na Suíça.
Inglaterra, Rússia, Austrália, Estados Unidos e as candidaturas conjuntas Holanda/Bélgica e Espanha/Portugal estão concorrendo nas duas eleições – tanto a de 2018 quanto a de 2022. Enquanto isso, Japão, Catar e Coreia do Sul estão apenas na de 2022.
O processo de candidatura para essas duas edições da Copa, que terão as sedes definidas em conjunto, começou realmente em janeiro do ano passado, com a abertura das inscrições. Agora, no entanto, os pretendentes apresentaram os cadernos de encargos, que detalham o projeto de cada um – são livros de 750 páginas, com informações sobre estádios, transportes, segurança, acomodações e até garantias governamentais.
Depois de estudar os cadernos de encargos entregues nesta sexta-feira, os representantes da Fifa farão visitas técnicas aos países que são candidatos, entre julho e setembro. E a eleição das duas sedes, em votação entre os 24 membros do Comitê Executivo da entidade, acontecerá em dezembro.
Para a Copa de 2018, as quatro candidaturas europeias partem como favoritas, pois 2010 será na África (África do Sul) e 2014 será na América do Sul (Brasil). E, entre elas, a mais forte neste momento parece ser a da Inglaterra. Inclusive, foi o astro inglês David Beckham quem levou o projeto para a Fifa nesta sexta-feira.
Blatter também revelou nesta sexta-feira que recebeu um telefonema do novo primeiro-ministro britânico, David Cameron, para reforçar o apoio do governo à candidatura inglesa para receber a Copa. “Ele expressou sua determinação nesse processo”, contou o presidente da Fifa.
Apesar da eleição das duas sedes acontecer no mesmo dia, a definição de 2022 depende muito do que acontecer com a de 2018. Se o favoritismo europeu se confirmar para 2018, a Europa dificilmente receberá o Mundial novamente em 2022. Assim, cresceriam as chances dos Estados Unidos.