O paciente vai ao consultório ou a outro qualquer estabelecimento que presta atendimento médico para uma consulta e sai do local com a receita na mão. A partir daí é só procurar uma farmácia, comprar o que está prescrito e ir usando a medicação para que a possível enfermidade seja curada. Porém, muitas vezes, não é isso o que acontece, pois, tanto o paciente quanto o farmacêutico não entendem o que está escrito na receita.
Alguns farmacêuticos da cidade e pacientes procuraram a reportagem para expor a dificuldade geral de compreender o que alguns médicos escrevem nas receitas. Os farmacêuticos relatam que é preciso entrar em contato com os profissionais para saberem o que foi prescrito. Porém às vezes, alguns médicos atendem em Dracena, mas não possuem consultório na cidade, pelo fato de residirem em outras localidades e, segundo os farmacêuticos, em caso de dúvidas não há como esclarecê-las.
Os farmacêuticos explicaram que geralmente conseguem identificar o que está escrito pelo conhecimento prévio e experiência desenvolvida com a prática cotidiana, com os nomes, fórmulas e indicações do uso dos medicamentos. Alguns acreditam que farmacêuticos recém-formados podem encontrar mais dificuldades na compreensão. Eles orientam os pacientes a pedir aos médicos que se não for possível digitalizarem as receitas, escrevam de forma legível. Também atentam para que os pacientes peçam explicações sobre a medicação.
LEGISLAÇÃO – O parágrafo 3º do artigo 35 da Portaria n.º 344, de 12 de maio de 1998, da Anvisa estabelece que a notificação de Receita deverá estar preenchida de forma legível, sendo a quantidade em algarismos arábicos e por extenso, sem emenda ou rasura. O novo Código de Ética Médica, que entrou em vigor no mês passado, também dispõe sobre a questão.
OUTRO LADO – A reportagem entrou em contato com o nefrologista Antonio Américo Alves, que era delegado do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), na região entre Osvaldo Cruz e Panorama. Mas recebeu a informação de que o médico não atua mais como delegado regional desde dezembro, daí não se pronunciou a respeito do assunto.
