Mais de 1.700 pacientes fazem cirurgia plástica no Brasil a cada dia, mas o que os brasileiros mais querem mudar na mesa de cirurgia?
Quase todo mundo acha que dá para melhorar alguma coisa no corpo. Uma pesquisa inédita feita pelo Ibope em todo o país estima que, no ano passado, foram realizadas mais de 640 mil cirurgias plásticas no Brasil, 82%, em mulheres.
Elas preferem corrigir as imperfeições do pescoço para baixo: principalmente nas mamas. Em segundo lugar, lipoaspiração combinada com outras operações. Já os homens se preocupam mais com o rosto: pálpebras e nariz.
Há dois anos, o empresário Aílton Ferrari fez plástica em volta dos olhos, além de uma lipoaspiração. Achou que era o caminho mais curto para entrar em forma. “Sou meio preguiçoso, apesar de ter sido professor de educação física no passado, hoje não pratico”, afirma o empresário.
Para esses mais preguiçosos, até silicone tem sido usado. Próteses para o queixo, peito, bumbum e já tem gente desenvolvendo silicone para deixar aquela barriga tanquinho sem ter que fazer abdominais.
Ainda assim, em 99% dos casos, as próteses de silicone são colocadas em mulheres. Adivinha o lugar preferido: o bumbum fica em um distante segundo lugar. No ano passado, as mulheres colocaram próteses de silicone de 275 mililitros, em média, e elas querem cada vez mais.
“Os volumes usados antigamente variavam em torno de 150, 200, 220 mililitros. Hoje o mais comum, 280, 300, 350 e em alguns casos até um pouco maiores”, afirma a cirurgiã plástica Luciana Pepino.
Segundo o coordenador da pesquisa, Ewaldo Bolívar, os médicos têm o papel de orientar as mulheres e evitar exageros. “O cirurgião plástico é o psicólogo com bisturi na mão. O que você pode orientar é o que você pode trazer de bem para a pessoa, não o que a pessoa está fantasiando, uma coisa que não pode de jeito nenhum”, diz.