Um estudo divulgado hoje (7) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) revela que o número de crianças trabalhadoras em todo o mundo diminuiu de 222 milhões para 215 milhões entre 2003 e 2008 – uma redução de apenas 3%. O documento anterior registra uma queda de 10% no período de 2000 a 2004.
O relatório Acelerar a Luta contra o Trabalho Infantil, publicado a cada quatro anos, alerta que os esforços globais para eliminar as piores formas de trabalho infantil estão perdendo força em meio à crescente preocupação com o impacto da desaceleração econômica.
A OIT manifesta preocupação diante da hipótese de que a crise econômica possa frear os avanços para cumprimento da meta de eliminar todas as piores formas de trabalho infantil até 2016, estabelecida em 2006.
Das 215 milhões de crianças trabalhadoras, 115 milhões de meninos e meninas estão inseridos nos trabalhos considerados mais degradantes, como práticas análogas à escravidão, prostituição e produção e tráfico de entorpecentes.
“Durante os últimos anos, viu-se um número de iniciativas e ganhos importantes dessa causa. No entanto, é necessário um renovado sentido de responsabilidade, pois os governos têm alternativas no momento de tomar decisões políticas ou formular orçamentos”, afirma o estudo.
“A atual crise econômica mundial não deve servir de desculpa para mudar nossas prioridades”, acrescenta o documento, ao destacar que um mundo livre do trabalho infantil é possível.