Foi aberto o inquérito policial para apurar as causas do incêndio no Instituo Butantã, na zona oeste de São Paulo, ocorrido no sábado. Segundo Secretaria de Segurança Pública (SSP), a abertura do inquérito foi pedida pelo delegado Paulo Cesar Costa, do 51º Distrito Policial (DP), que também comandará a investigação do caso.

Agentes da perícia científica já estiveram no local no dia do incêndio e não há informação sobre outra visita dos técnicos, de acordo com o delegado.

Toda a coleção de cobras do Butantã – um total de aproximadamente 85 mil exemplares, a maior coleção do mundo de animais da região tropical – foi perdida no incêndio. Centenas de espécimes desses répteis que haviam sido coletadas pelos biólogos ainda não haviam sido descritas.

Entre os aracnídeos – em especial aranhas e escorpiões -, a perda foi de cerca de 450 mil espécimes, das quais milhares ainda não tinham sido descritas pelos cientistas do instituto.

A princípio pensou-se que, junto com os animais preservados no laboratório, haviam sido destruídos os livros de tombo, que continham os registros de coleta dos espécimes, de suas características e suas condições, mas depois confirmou-se que eles foram salvos.

O incêndio começou entre 7 e 8 horas da manhã e foi controlado por volta das 10 horas por dez viaturas e 50 homens do Corpo de Bombeiros, quando foi iniciada a operação de rescaldo. Não houve feridos.

Suspeita-se que o incêndio tenha sido causado por um curto-circuito. Durante a noite, a chave geral do prédio havia sido desligada para serviços de manutenção na rede elétrica. O fogo começou quando a energia foi religada, de manhã.