Quinze municípios de Alagoas decretaram estado de calamidade pública por conta das enchentes causadas pelas chuvas nos últimos dias. O decreto foi publicado hoje no Diário Oficial do Estado. No total, 21 cidades foram afetadas pelos temporais, enxurradas e inundações. Até agora, 19 pessoas morreram e 614 ficaram feridas, segundo o governo.
As cidades de Quebrangulo, Santana do Mundaú, Joaquim Gomes, São José da Laje, União dos Palmares, Branquinha, Paulo Jacinto, Murici, Rio Largo, Viçosa, Atalaia, Cajueiro, Capela, Jacuípe e Satuba estão em situação grave e precisam de ajuda imediata.
Mais de 57 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas por conta das chuvas. Desse total, 27.337 estão desabrigadas – pessoas que perderam tudo e precisam dos abrigos públicos – e mais de 30 mil desalojadas – as que podem contar com a ajuda de vizinhos e familiares. Em Alagoas, é de 87 o número oficial de desaparecidos.
Ajuda
Na manhã de hoje, o governador do Estado, Teotônio Vilela Filho, voltou a sobrevoar as áreas atingidas pelas chuvas e à tarde embarca para Brasília, onde se reúne com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para pedir oficialmente a ajuda do governo federal. Lula também deve receber durante o encontro o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, para discutir a edição de medida provisória que vai liberar recursos para socorrer os atingidos pelos temporais nos dois Estados.
Por conta do caráter emergencial da situação, o governador alagoano determinou a utilização de recursos do Fundo de Combate de Erradicação da Pobreza (Fecoep) para amenizar os prejuízos causados pelas chuvas no interior de Alagoas.
Hospital
Dois hospitais de campanha, com equipes de médicos e enfermeiros do Rio de Janeiro, devem chegar hoje a Alagoas. Eles serão instalados nas cidades de Jacuípe e Santana do Mundaú, dois dos municípios mais afetados pelos transbordamentos de rios.
Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) também chegará a Alagoas levando cerca de cinco mil cestas básicas, roupas e colchões doados pelo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e São Paulo, de acordo com o governo estadual.