A Coreia do Sul apelou ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para que tome medidas contra a Coreia do Norte. Os sul-coreanos acusam os norte-coreanos de bombardear o navio Cheonan, provocando a morte de 46 pessoas. O pedido do governo sul-coreano foi encaminhado pelo representante permanente do país na ONU, Park In-kook, em carta à instituição.
Segundo Park In-kook, o ataque, em 26 de março, representa uma ameaça à paz e à segurança internacionais. Para ele, constitui uma “violação flagrante” da Carta das Nações Unidas referente ao Armistício de 1953, que define a busca pela reconciliação e não agressão. A carta foi assinada em 1992.
No fim do mês passado, foi divulgada a conclusão técnica de que os norte-coreanos seriam responsáveis pelo afundamento do navio. No último dia 25, o Itamaraty divulgou nota lamentando o ocorrido.
A nota diz que “o governo brasileiro lamenta profundamente o episódio, que potencialmente pode constituir uma ameaça à paz na região, e se solidariza com o governo coreano e com as famílias das vítimas pelas irreparáveis perdas sofridas”.
O comunicado do Itamaraty informa que “o governo brasileiro continua a acompanhar atentamente a questão e conclama as partes envolvidas a absterem-se de quaisquer atos que ponham em risco a estabilidade da Península Coreana”.
Tecnicamente, os dois países continuam em guerra, mas a Coreia do Norte, desde o início, negou envolvimento com o incidente. Porém, investigadores internacionais concluíram que um torpedo teria atingido o navio. Militares sul-coreanos confirmaram a análise.
Em 26 de março, quando o Cheonan afundou, várias hipóteses surgiram, como a de que o navio teria sofrido um acidente, batendo em uma mina em alto-mar.